Chuva de Sementes de Juçara chamou atenção para a importância da relação entre ecologia, esporte e cultura
Calor, céu azul e ventos favoráveis contribuíram com o domingo de 16 de novembro durante a Chuva de Sementes de Juçara, evento do Projeto Taramandahy – Fase II que uniu ecologia, esporte e cultura em prol da conservação da Mata Atlântica. O projeto realizado pela ong Anama é patrocinado pela Petrobras através do Programa Petrobras Socioambiental e visa qualificar a gestão dos recursos hídricos na bacia hidrográfica do rio Tramandaí.
O encontro levou mais de cem pessoas ao topo da Rampa Nordeste do Morro da Borússia, em Osório, entre as quais estavam visitantes, praticantes de diferentes modalidades de voo livre e apoiadores da causa. Na abertura oficial, chamou-se a atenção para a importância de realizar ações que promovam a reflexão e que interfiram sobre as condições ambientais atuais durante segmentos esportivos como este, tão dependentes e próximos da natureza. Os organizadores lembraram que a primeira dispersão artificial de sementes por adeptos do esporte ocorreu em 1995, realizada pelo Anhangava Club de Voo Livre.
No evento, compareceram representantes de entidades que colaboram para a promoção do uso sustentável da palmeira juçara (Euterpe edulis), espécie em extinção e chave para a recuperação da Mata Atlântica. Os praticantes do Anhangava Club, parceiro da ação, se comprometeram em dar continuidade à dispersão de sementes durante os próximos voos. Também marcaram presença, integrantes da Associação Içara de Maquiné, que comercializaram seus produtos de polpa dos frutos da juçara, importante elemento de geração de trabalho, renda e preservação, destacando a alternativa ao corte ilegal da palmeira para retirada de palmito.
Outros presentes foram os apoiadores ligados à Secretaria do Meio Ambiente do Estado, à Prefeitura de Osório, à Fepagro Litoral Norte, ao GVBS/NUDEC - Maquiné (Grupo Voluntário de Busca e Salvamento e Núcleo de Defesa Civil), aos setores de turismo de municípios vizinhos, UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul); Cia do Ar Escola de Voo Livre, rede municipal de ensino público, 11ª Coordenadoria Regional de Educação de Osório, APAE, SENAI e SOS Palmiteiro. Além deles, também prestigiaram o encontro viveiristas e agricultores, estudantes, comunidade local e público de cidades vizinhas e da Região Metropolitana de Porto Alegre.
Muitos visitantes estavam com os bolsos cheios de sementes e com mudas da palmeira juçara nas mãos, as quais foram distribuídas pelo projeto, além das sementes dispersadas durante os voos. A professora da rede pública de educação infantil de Novo Hamburgo, Ana Paula Ludwig, ficou feliz em poder levar uma grande quantidade de sementes, já que pretende plantar junto com seus alunos, na escola localizada dentro de um parque florestal, na cidade de Novo Hamburgo: "Estamos desenvolvendo um projeto sobre meio ambiente e no parque há bastante espaço, umidade e sombra para este tipo de plantio".
A Petrobras ao patrocinar o Projeto Taramandahy – Fase II, através de seu Programa Petrobras Socioambiental, apoia iniciativas que visam garantir o acesso universal e a sustentabilidade do uso da água, incluindo, entre outras ações, a proteção de nascentes e matas ciliares, além de contribuir para a recuperação e conservação do bioma Mata Atlântica.
Para o ano de 2015 estão previstas mais três Chuvas de Sementes em voos livres, totalizando cerca de quarenta mil sementes dispersadas.
Anaiara Ventura
Jornalista
MTB/RS 15155
Jornalista
MTB/RS 15155
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